Educação: ontem, hoje e sempre!

Educação: ontem, hoje e sempre!

Educação: ontem, hoje e sempre!

Falar sobre educação, seu significado, e resultados é uma das minhas atividades preferidas. Não por acaso estudei Pedagogia.

Desde criança me encantava com os “rituais” escolares.

Apesar da minha inexperiência, me davam a sensação de pertencimento, participação, e até esperança.

Passados mais de 50 anos, relembrar das filas, de algumas tarefas, me faz pensar sobre como muitos deles tinham diferentes significados, e o quanto foram importantes para que eu pudesse aprender a expressar meus pensamentos, ouvir e debater sobre os pontos de vista de meus colegas e professores, construir meus valores éticos e morais e saber sobre o mundo, seu funcionamento e evolução.

Afinal, como seres sociais, precisamos de nossos semelhantes para sobreviver, nos desenvolvermos física e intelectualmente sempre na companhia de outros.

A escola é em sua essência, o lugar da interação. Cada um com sua singularidade, contribui para a pluralidade, e para a inclusão.

Interação entre as crianças, crianças e adultos, entre adultos. Lugar de descobertas e aprendizagens, das mais simples as mais complexas. Não só do conteúdo duro das ciências, mas de como enxergá-lo, compreende-lo e colocá-lo em prática.

Evidente que com o passar do tempo, o modo de pensar sobre a finalidade da educação e as bases nas quais o processo educativo é construído se modifica, e por consequência, conteúdos e metodologias são aperfeiçoados.

A educação tida como tradicional, aquela em que os professores são o centro do processo educativo ainda está no imaginário de muitos e até em algumas práticas, mas cada vez mais, se busca a participação do verdadeiro protagonista: o estudante.

Na atualidade, o avanço tecnológico, modificou as relações pessoais, possibilitou acesso a informações e dados em tempo real, acelerando mudanças, provocando demandas, criando atividades profissionais e intelectuais.

Os profissionais da educação alcançaram outras dimensões na relação ensino aprendizagem. Há muito deixaram de ser meros transmissores de conteúdo, principalmente a partir da criação de diversas modalidades de ensino que incluem a tecnologia.

Daqui para a frente é preciso mediar aprendizagens utilizando as plataformas e redes sociais, realizar curadoria e seleção de conteúdos inspiradores, com qualidade e segurança.

Outra característica de tempos tão desafiadores está na necessidade do desenvolvimento de trabalhos integrados com profissionais de outras áreas, inspirando a pesquisa e participação dos estudantes em experiências que transbordam os muros da escola, e que possam resolver problemas da sua comunidade.

É imprescindível sensibilizar futuros educadores para a contínua atualização profissional, que deve acontecer ao longo de toda da vida. Planejar, exercer a escuta ativa dos pares e dos alunos, ser criativo, inovador e curioso, propor conteúdos aplicáveis e validados.

Refletir sobre a transformação da educação, seus processos, suas normatizações, me mobiliza a contribuir com minha experiência, e me instiga a ouvir e aprender com os futuros profissionais da educação, porque sei que as crianças, em qualquer tempo, precisam aprender em companhia, como eu aprendi, como eu procuro ensinar e mediar as aprendizagens.

Afinal todo conhecimento só tem valor na medida em que é compartilhado, divulgado e posto em prática com criatividade e alegria.

A alegria de pertencer, de participar, de ter esperança!

Roselene Crepaldi

Possui graduação em Pedagogia pela Universidade São Judas Tadeu (1984), mestrado (2002) e doutorado (2008) em Educação pela Faculdade de Educação da Universidade de São Paulo. Atualmente é docente da Universidade Anhembi Morumbi, na escola de Educação, membro dos grupos de pesquisa: GIEL – Grupo Interdisciplinar de Estudos do Lazer, NEPSID – Núcleo de estudos e pesquisas em simbolismo, infância e desenvolvimento, e Pesquisadora do LAGEL – Laboratório de Gestão das Experiências de Lazer/GESPORTE/FEF-UnB, Brasília/DF, RNPI – Rede Nacional Primeira Infância (GT Brincar e GT Participação Infantil). É consultora nos temas: educação e educação infantil, formação de profissionais, políticas públicas para infância, brincar, lazer e recreação. Também é pesquisadora, e sócia proprietária da RODISON – Assessoria Consultoria Planejamento e Pesquisa em Educação e Cultura Ltda, empresa que desenvolve projetos em educação e cultura.

Endereço para acessar este CV: http://lattes.cnpq.br/4424742361794016

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